domingo, 8 de agosto de 2010

Apagões aumentam aluguéis de geradores

Apagões aumentam aluguéis de geradores


06/08/2010

Os recentes apagões e as constantes interrupções de energia registrados em Porto Velho têm contribuído para um aumento significativo no número de aluguéis de geradores. Cada vez mais empresas ligadas à construção civil têm optado pelo uso dos motores movidos a óleo diesel ao invés da energia distribuída pela Eletrobras. O motivo também é financeiro, pois hoje a energia gerada pelo combustível sai mais barata que o Killowatt gerado pela Termonorte e Usina Hidrelétrica de Samuel.



Segundo a gerente de locação da empresa Powertech, Sissa Henriques, de outubro de 2009 a julho de 2010 houve um crescimento de 100% nas locações de grupos geradores. A maioria locada para a construção civil, shows e grande eventos como Expovel e Flor do Maracujá. As faculdades Aparício Carvalho (Fimca) e São Lucas, hospitais como o da Ameron e laboratórios como o São Luiz, além de hotéis, já contam com geradores. Essa é uma área em expansão, afirma Sissa. “Hoje todas as 43 máquinas disponíveis na empresa estão locadas e já foram adquiridas mais 22. Está faltando gerador porque a demanda é grande. Temos 50 clientes fixos.”



Os geradores estão sendo utilizados na Usina Hidrelétrica de Jirau, nas obras dos seis viadutos de Porto Velho, em construções de prédios, concretagens, hospitais, supermercados, açougues e em condomínios residenciais. Se antes as pessoas não se preocupavam com a falta de energia, hoje ela é essencial. A mentalidade da população está mudando, afirma o gerente da Rovema Energia, Paulo Provenza. “Hoje as pessoas já constroem suas casas com uma sala preparada para acomodar o grupo gerador de energia, antes isso não era nem pensado”.



Instalação



Para locar um gerador a empresa verifica no local onde será instalado o equipamento, a tensão e o módulo de operação. Segundo Paulo Provenza, antes da energia chegar no canteiro de obras de Jirau a Rovema locava 20 grupos geradores para a construtora Camargo Correa, hoje esse número caiu para sete grupos.



O grupo gerador no horário de ponta oferece um custo benefício menor para os clientes, segundo a gerente de departamento de energia da Rovema, Anadely Barofaldi, 28. “O shopping de Porto Velho, por exemplo, no horário de pico, das 19h às 22h, funciona só com gerador, justamente para economizar, haja vista o custo alto do killowatt nese horário em que aumenta a demanda por energia elétrica.



A potência dos grupos geradores diesel pode variar de 40 KVA a 500 KVA. O combustível utilizado nos geradores é o diesel, que depois de usado é recolhido e doado para uma empresa credenciada pelos órgãos competentes, onde os resíduos são reciclados, ou é dada a destinação correta para tal. A preocupação com o meio ambiente é constante. Todos os grupos geradores devem ser mantidos dentro dos padrões ambientais. As empresas que coletam os resíduos (óleo queimado) geralmente refinam e reutilizam em outros produtos a base de óleo.



Aluguel



O aluguel de um gerador de 180 KVA com uma carga média para dar suporte a eventos de médio porte custa R$7.200,00 por 30 dias, sem a inclusão do combustível. Os geradores de 180 KVA e 360KVA são os mais locados. Um gerador de 53 KVA com capacidade de 37 KW é capaz de atender uma festa para duas ou três mil pessoas. O custo é de R$ 3.800,00 por mês. Um gerador com 500 KVA, com capacidade para atender uma população de até 100 mil habitantes custa R$150 mil. O aluguel sairia a R$14 mil mensais.





Geração de Energia



O Grupo Gerador Rovema Energia conta com duas termelétricas no Estado de Rondônia. Uma localizada no distrito de Triunfo com capacidade para 4.500 Killowatts e outra na vila União Bandeirantes, com produção de 1.200 Killowatts. Essa energia é toda vendida para a Eletrobrás Distribuição Rondônia. Em Roraima, na cidade de Rorainópolis a produção é de 10 mil KW.



A Powertech produz 3% da energia distribuída para a Eletrobras Amazonas Energia em Manaus. Segundo a gerente da loja, a maior dificuldade em Rondônia é a falta de trabalhadores especializados no assunto. “A empresa contrata aqui e tem que enviar os funcionários constantemente para cursos e especializações em São Paulo.”

REPÓRTER: CYNTIA DIAS

http://www.diariodaamazonia.com.br/diariodaamazonia/index2.php?sec=News&id=4669
 
 

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