sábado, 15 de maio de 2010

Mantenha sua mente sob controle e não se deixe enlouquecer. Conte até dez. Respire fundo.
Controle-se!!

Confusão!!!!

Controle-se, controle-se, autocontrole.

Busque-se. Dentro de você há alguém esquecida há muito tempo. Tempo o suficiente. Procure-se, reencontre-se. Retire a máscara de ferro.

O que está dentro da alma, eu não sei. Procuro e não me vejo mais. Não me revejo nas sombras das cavernas do inferno de Dante. Procuro-me nos lugares mais escuros da noite e não me reencontro nos salões das cidades mortas.
De tédio]

Garanto que ainda existo e isso é verdade, mas é difícil retirar a máscara que há tanto tempo repousa sobre a minha face esquecida.

Grande mentira. Mas eu não me escondo do mundo. Escondo-me de mim mesma para me proteger.

E quantos "ais" a mais serão necessários nessa jornada. Quantos gritos de socorro e lamentos de dor serão necessários para acordar a alma do ser que dorme profundamente nas cavernas frias.

Quantos "ais" a mais. Quantos. A libertação é dolorosa. É como se arrancassem os ganchinhos da alma.
Ser livre dói. Como dói.
Como é desolador estar sozinho.
Que coisa mais assustadora, a liberdade. Quem diria.
Reaprender a ser eu mesma é tão mais difícil que ser a outra. Quem diria que interpretar seria mais fácil que viver. Quem diria.

(Cyntia Dias - Reaprendendo a ser eu mesma)

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