sábado, 15 de maio de 2010

Política em Rondônia

Texto atualizado


E como o assunto da vez é sobre as eleições de outubro, vamos conhecer um pouco o perfil dos principais pré-candidatos ao Governo do Estado de Rondônia. São eles, João Cahulla (PPS), Eduardo Valverde (PT), Confúcio Moura (PMDB), Rosângela Cipriano (PSOL), Acir Gurgacz (PDT), Expedito Júnior (PSDB) e Melki Donadon (PHS).




Sabe-se que está na disputa pelo Governo do Estado Confúcio Moura, prefeito de Ariquemes que deixou o cargo para concorrer às eleições em 31 de março de 2010. Confúcio sai com vantagem em relação aos adversários porque conta com o apoio do senador da República Valdir Raupp, além disso, o pré-candidato do PMDB tem experiência tanto no Legislativo – foi deputado federal por três mandatos – quanto no Executivo, como secretário de Estado da Saúde e prefeito eleito e reeleito do município de Ariquemes.



Há pouco tempo Confúcio perdeu foro privilegiado por não cumprir determinação judicial para prestar esclarecimento sobre pagamento de precatórios. Confúcio Moura foi intimado, mas não obedeceu à ordem nem apresentou, por escrito, qualquer justificativa de sua recusa ou eventual impossibilidade de cumprimento, conforme certidão do Diretor do Departamento Judiciário Pleno do TJRO.



Também concorrem o deputado federal e presidente do PT/RO Eduardo Valverde. O pré-candidato do PT causou polêmica ao criar uma PEC que propunha o fim do regime jurídico único para as carreiras que não fossem consideradas de interesse de Estado. O rebuliço foi tão grande que o deputado precisou voltar atrás e sair catando um monte de assinaturas para barrar a proposta na Câmara Federal (mico). Até a ala petista concordou que o atual presidente do partido se equivocou ao criar a tal da PEC. Sem contar nos tropeços que o mesmo deu em si tratando da PEC da Transposição. Ficou feio!!



Pelo PSOL concorre a ex-juíza, professora universitária e empresária Rosângela Cipriano dos Santos. A pré-candidata foi punida com aposentadoria compulsória aplicada aos magistrados que violam a Lomam - Lei Orgânica da Magistratura. O TRT da 14ª Região entendeu que o fato da ex-juíza Rosangela Cipriano possuir 90% (noventa por cento) das quotas da mantenedora da Faculdade da Amazônia (FAMA) não guardava compatibilidade com a função de Juíza. Para o Tribunal, ao deter esse percentual de quotas, recaía sobre a sua pessoa a suspeita de gerenciamento da empresa, uma vez que a Lei Orgânica da Magistratura não proíbe o magistrado de ser sócio de empresa, mas proíbe que ele gerencie.



Ainda temos Expedito Júnior (PSDB) e Acir Gurgacz (PDT).



Expedito Júnior teve seu mandato de senador cassado em 2009. Ele foi acusado de compra de votos pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Como os dois suplentes de Júnior também foram cassados tomou posse o atual senador Acir Gurgacz que foi derrotado nas eleições de 2006.



Gurgacz também é pré-candidato ao cargo de governador. Apesar de muita gente achar que ele não tem a menor chance. O cenário atual é mais favorável a candidatura de Expedito que apesar da cassação é o mais bem cotado para assumir a vaga deixada por Ivo Cassol.



Mal assumiu a cadeira no Senado Federal começaram a chover denúncias contra o novo senador. Acir Gurgacz foi acusado entre outras coisas de usar um jornal da sua família para promoção da sua candidatura nas eleições de 2006.



A Folha Online saiu com a seguinte manchete logo após publicar que Gurgacz assumiu o cargo no lugar de Expedito, "Substituto de Expedito Júnior responde a mais de 200 processos na Justiça" http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u648193.shtml. Isso não foi uma mídia muito positiva para o novo senador e deu motivos para as pessoas continuarem a apoiar Júnior mesmo este tendo perdido o mandato por comprar votos.



Concorre ainda o ex-prefeito de Vilhena, Melki Donadon (PHS). Donadon revelou em entrevista a veículo de comunicação que será candidato a governador nas eleições deste ano. Embora venha dialogando com outros postulantes ao mesmo cargo, Melki diz já ter recebido o aval da direção de seu partido para tentar a pré-candidatura. Donadon e a esposa, Rosane Donadon além do ex-vereador Cabo João foram condenados pela Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico nas eleições de 2008.



E fechando esta disputa aparece o atual governador do Estado de Rondônia, João Cahulla, que foi empossado no cargo após Ivo Cassol renunciar para concorrer às eleições. Cahulla era então o vice-governador e Cassol o governador. Cahulla é o candidato mais forte entre todos, pois conta com o apoio incondicional de Ivo Cassol. O ex-governador e pré-candidato ao Senado Federal não perde a oportunidade de citar o nome de seu candidato na imprensa e tudo faz para tentar alavancar a candidatura do preferido. Tanto exagera Cassol que o Ministério Público já começou a tomar providências.



O MP o denunciou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por propaganda eleitoral antecipada. Segundo a denúncia, em entrevista no dia 2 de janeiro de 2010 ao programa de televisão ViaSat, da TV Candelária, Cassol “transbordou todos os limites impostos pela lei eleitoral para divulgação de notícias em geral” e fez “explícita e incisiva propaganda eleitoral”.



Em resumo, Rondônia está bem mal servida de candidatos, ou melhor, pré-candidatos como manda a Justiça Eleitoral. Todos os pré têm algum tipo de processo com a Justiça. Seja um processo ou uma acusação, todos de alguma forma estão ligados há algum tipo de ato de ilegalidade. Dessa forma fica quase impossível escolher o candidato menos ruim.

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