segunda-feira, 16 de novembro de 2009

A conta ficou para o povo pagar

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Prefeitura da capital alega que não tem recursos para comprar a segunda e a terceira etapas do bairro Airton sena: Moradores terão que pagar para continuar morando nas casas em que habitam há mais de dois anos.

Os moradores da terceira etapa do bairro Airton Sena, em Porto Velho, estão negociando com o suposto dono da área para comprarem os lotes de terras em que residem a mais de dois anos. Motivo: A prefeitura de Porto Velho comprou a primeira etapa, mas não teria recursos para comprar a segunda e terceira.

Diante da alegação da prefeitura da capital de que não teria como negociar a compra da área, Fabiano do vale, suposto proprietário, começou as negociações diretamente com os moradores.

Segundo Valdeci Balduino Santos, presidente da Associação Beneficente da Zona Leste, houve uma reunião no dia 14/11 com os moradores. Fabiano apresentou proposta que consistia em R$ 300,00 de entrada mais sessenta parcelas de R$ 95,00. Os moradores recusaram alegando que não tinham condições de pagar haja vista serem bastante carentes.

Na ocasião, de acordo com Valdeci, a associação exigiu os documentos que provam ser Fabiano do Vale dono das terras que compreendem o Airton Sena. Como nenhum documento foi apresentado houve tumulto na reunião e nada ficou acertado sendo apenas marcada nova reunião com os moradores para o dia 21/11.

Os moradores irão apresentar na próxima reunião com o dono da área proposta de pagar a área em parcelas de R$ 50,00 (durante 120 meses) a R$ 70,00 (85 meses) no máximo, e entrada de R$ 150,00. “Isso é o máximo que eles podem pagar”, afirma o presidente da Associação Beneficente da Zona Leste.

Amanhã (17/11) os moradores do bairro farão reunião para escolher representantes de comissão que ficará encarregada de negociar com a Secretaria Municipal de Regularização Fundiária e Habitação (Semur) e com Fabiano do Vale.

HISTÓRICO

Muitos moradores do Bairro Airton Sena já foram despejados de suas casas onde viviam há mais de nove anos pela prefeitura da capital. Alguns deles vieram ao O OBSERVADOR pedir apoio das autoridades públicas municipais competentes para solucionar o caso. Desta vez parece que não há escolha. Os moradores que quiserem continuar morando em suas residências terão que comprar suas próprias casas de um dono que nem sequer apresentou os documentos de posse. A prefeitura diz que não tem dinheiro para comprar as outras duas partes do bairro e a responsabilidade recai para os moradores que terão de pagar mais essa conta.

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