quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Unidade Mista de Saúde de Cacoal está em crise

http://www.oobservador.com/cidades/not_cid7523,0.html


SUCURSAL CACOAL – 07/10/2009 - A Unidade Mista de Saúde de Cacoal recebe pacientes de seis municípios vizinhos. Pimenta Bueno, Espigão do Oeste, Ministro Andreazza, São Filipe e Rondolândia (Mato Grosso) são atendidos na Unidade.

Com uma demanda cada vez maior a Unidade de saúde passa por dificuldades. Faltam médicos especialistas como neurologistas, cardiologistas e ortopedistas. A estrutura do prédio está velha, deteriorada, ainda faltam equipamentos como raios-X e leitos de UTI.

José Reinaldo Monteiro, 50, quebrou o braço há oito dias. Veio direto para a Unidade Mista de Saúde. Ainda não foi operado porque segundo ele faltam médicos e não tem material cirúrgico e remédios. A cirurgia deveria ter sido hoje (07/10) pela manhã, mas foi remarcada novamente.

Valdeir Aparecido da Silva Machado, 20, está com a mão quebrada. O acidente aconteceu no dia 12 de julho em Ministro Andreazza. O paciente veio para Cacoal porque não tinha médicos naquele município. No dia 23 de julho o gesso foi retirado do braço de Valdeir e foi marcada uma consulta para o dia 26 de agosto. Não teve médico. Novamente Valdeir teve sua consulta para exames agendada, dessa vez para o dia 07 de outubro. Estava aguardando.

Antonio Genico Cardoso, morador da linha treze, lote 26, A, está há 16 dias esperando para operar o nervo do dedo mindinho que rompeu. O paciente disse que da primeira vez que foi ao hospital ficou nove dias internado e o mandaram para casa dizendo que o problema dele não era grave. Mas era. Antonio retornou para a Unidade Mista onde já está no décimo sexto dia e ainda não tem previsão para entrar na sala de cirurgia.

José Antonio veio de Espigão do Oeste com o braço e os dedos da mão direita quebrados. Espera há cerca de 30 dias para ser encaminhado há outro hospital, um que cuide de casos complexos. A Unidade fez a cirurgia no braço, falta a dos dedos que deve ser feita em Porto Velho. José ainda não tem idéia de quando será transferido e culpa os dirigentes do hospital.

Segundo o diretor geral da Unidade Mista, Jair Antonio Hentges, os medicamentos estão sendo controlados para que não faltem até a data da próxima remessa que deverá ser entregue após a licitação. De acordo com Hentges são feitas no máximo duas cirurgias por dia ou uma cirurgia e duas reduções.

A falta de equipamentos mais sofisticados faz com que a Unidade tenha que enviar muitos pacientes para Porto Velho. São cinco médicos ortopedistas, cinco médicos anestesistas, cinco cirurgiões clínicos, doze médicos no pronto-socorro, dois dentistas, um fisioterapeuta e um nutricionista.

Hentges disse que o hospital está lotado há 20 dias, mas que as pessoas que estão esperando há muito tempo por cirurgia na Unidade devem ser atendidas até a próxima terça-feira (13/10).

O diretor ainda falou sobre a possibilidade de a Unidade ser transferida para o hoje Hospital Municipal Materno Infantil. Segundo Hentges a vice-prefeita do município de Cacoal, Raquel, esteve em sua sala nos últimos dias e disse que os recursos para a ampliação e reforma do HMMI já estavam liberados, mas não há previsão para a transferência da Unidade Mista para o Hospital Materno.

Nenhum comentário:

Postar um comentário