segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Mães protestam em frente à Escola Municipal Nacional por falta de professores e de aulas

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PROTESTO

Mães protestam em frente à Escola Municipal Nacional por falta de professores e de aulas

Moradores do Bairro Nacional zona norte da capital se revoltaram com as condições precárias da Escola Municipal Nacional. As aulas que deveriam começar hoje (segunda-feira 03) foram adiadas por falta de professores. Das 18 salas de aulas, dez estão fechad

2009-08-03 - 16:31:00 - Cyntia Dias/O Observador


Moradores do Bairro Nacional zona norte da capital se revoltaram com as condições precárias da Escola Municipal Nacional. As aulas que deveriam começar hoje (segunda-feira 03) foram adiadas por falta de professores. Das 18 salas de aulas, dez estão fechadas. São mais de 400 crianças atendidas pela escola que voltam para casa por que não tem aula. Serão necessárias as contratações de pelo menos dez professores para sanar essa dificuldade.

Antonio Linhares Ferreira, 46, tem dois filhos. Ambos estudavam na escola, hoje apenas um. O morador retirou um dos filhos da escola porque o professor da criança o havia chamado de burro.

Francisca Antonia Viana, diretora da Escola Nacional, não quis dar declarações à imprensa alegando que o local era público, mas que não iria permitir de forma alguma que a equipe do jornal eletrônico O OBSERVADOR fizesse imagens, em seguida numa atitude ditatorial expulsou os pais dos alunos e fechou o portão da escola.

Ana Lúcia, 27, reclama da sujeira, da falta de merenda escolar, da água podre que oferecem as crianças para beber. A falta de qualificação dos professores também é uma reclamação da população. Segundo Ana Lúcia, qualquer um pode ensinar. Não há critérios para a escolha dos professores que não têm a formação adequada para darem aulas.

Antonia Silva Apurinã, 45, presidente da associação de mulheres do bairro, moradora há 22 anos no Bairro Nacional, diz que a escola está esquecida, abandonada pelo poder público. Segundo Antonia, as crianças ainda têm que atravessar uma ponte perigosa para conseguirem chegar até a escola.

Miriam Reis dos Santos, 52, auxiliar de enfermagem, diz que a água oferecida para as crianças beberem está apodrecida, que não limpam o poço e que as crianças estão adoecendo por causa da água e da comida de má qualidade, quando tem, que é oferecida pela instituição.

De acordo com algumas moradoras, o colégio precisa de uma reforma geral urgente. Do lado de fora se percebe o mato tomando conta do local e dentro as mães contam que a situação é caótica. Muita sujeira. Os bebedouros estão em estado lastimável, contam as moradoras que se organizam para exigir providências do poder público.

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