quinta-feira, 6 de agosto de 2009

População protesta contra não atendimento por agente de saúde e precariedade de Posto Ronaldo Aragão no Nacional

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PROTESTO

População protesta contra não atendimento por agente de saúde e precariedade de Posto Ronaldo Aragão no Nacional

Moradores do Bairro Nacional fizeram protesto hoje (06) quarta-feira na Associação de Mulheres localizada na Rua Porto União, bairro Nacional contra uma agente de saúde identificada como Gilmara Magalhães. A principal exigência era para que a agente seja

2009-08-06 - 14:08:00 - CYNTIA DIAS/O OBSERVADOR


Moradores do Bairro Nacional fizeram protesto hoje (06) quarta-feira na Associação de Mulheres localizada na Rua Porto União, bairro Nacional contra uma agente de saúde identificada como Gilmara Magalhães. A principal exigência era para que a agente seja retirada do cargo por não cumprir com as obrigações na comunidade, ou seja, a servidora pública municipal não vem trabalhando.

Durante o protesto, Gilmara Guimarães se escondeu na casa de um morador, porque a população revoltada com a incompetência da agente ameaçou linchá-la. A situação só se normalizou com a presença da diretora do Centro de Saúde Ronaldo Aragão, Maria Aparecida Saraiva, que aconselhou os moradores a fazerem um abaixo-assinado solicitando a substituição da agente de saúde. Abaixo este que segundo informação prestada pela diretora será entregue ao secretario municipal de Saúde Williames Pimentel para que as medidas cabíveis sejam tomadas.

Recebendo normalmente há mais de seis meses sem trabalhar, a agente de saúde Gilmara Guimarães foi procurada para prestar esclarecimentos. A agente disse que não ia dar declarações e que estava respaldada pela lei, mas não disse que Lei é esta que ampara um servidor público receber sem trabalhar.

Os manifestantes, que se reuniram por volta das 9h da manhã, exigem também melhores condições de atendimento no Centro de Saúde Ronaldo Aragão, localizado na Estrada do Belmont S/N no Bairro Nacional, Zona Norte da Capital.

Segundo Maria Nazaré Nascimento, 28, mãe de três filhos, a agente de saúde que deveria fazer o acompanhamento das famílias da rua não aparece há mais de seis meses. Quando precisa de uma consulta não consegue atendimento no posto do bairro. Precisa se deslocar para outras unidades de saúde para ser atendida.

Ana Lúcia Oliveira de Sousa, 27, não consegue atendimento para os quatro filhos pequenos. De acordo com a moradora os funcionários do Ronaldo Aragão tratam muito mal os pacientes. Chegam ao ponto de ofender as pessoas que procuram atendimento médico.

Os moradores reclamam que faltam médicos, vacinas e que o estado físico do Centro de Saúde é precário. Maria Antônia Apurinã, 18, diz que nunca consegue atendimento no posto. Faltam pediatras, clínicos, dentistas. A população é atendida por um médico ginecologista, diz Antonia.

As condições de higiene do posto são precárias. A sujeira ajuda a completar o cenário de abandono da instituição. Faltam viaturas para o atendimento das famílias que não têm como levar os doentes para o posto. Somando-se a falta de compromisso dos profissionais que trabalham no sistema público de saúde está à omissão das autoridades públicas, enfatizam os manifestantes.

Em contato telefônico com a reportagem do jornal eletrônico O OBSERVADOR a diretora do Centro de Saúde Maria Aparecida Saraiva disse que é sabedora dos fatos e que apóia as reivindicações dos moradores.

No entanto, a diretora se omitiu ao ser questionada a respeito de quem seria a pessoa que vem abonando a folha de freqüência da servidora Gilmara Magalhães. Maria Aparecida deu a entender saber quem, mas não declinou o nome temendo represálias, fato comum na administração municipal de Roberto Sobrinho (PT) para quem denúncia alguma de irregularidade é cometida.

http://www.oobservador.com/cidades/not_cid6388,0.html

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