quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Trabalhadores dos Correios cruzam os braços e exigem reposição de perdas salariais

http://www.oobservador.com/cidades/not_cid7166,0.html


Funcionários da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT está em greve desde a 00h00 de ontem (16/09). Cerca de 80% da categoria de trabalhadores da área operacional da Diretoria Regional de Rondônia está paralisada sem prazo para retornarem as suas atividades.

Segundo o presidente do SINTECT/RO Clodoaldo Leite Quixabeira em Assembléia do dia 15 (terça-feira) às 19h os trabalhadores deliberaram pela greve geral em recusa a proposta oferecida pela empresa de aumento de 4,5%.

A FENTECT e os sindicatos de todo o Brasil exigem reposição salarial de 41%. De acordo com Quixabeira esse percentual representa as perdas salariais do período de 1994 a 2008.

Na capital a greve atinge cerca de 80% dos trabalhadores que além de reajustes salariais exigem também melhores condições de trabalho, contratação imediata de pessoal e equipamentos adequados.

Todos os 35 sindicatos de trabalhadores de correios do país estão em greve. Os trabalhadores em sua maioria carteiros, atendentes e operadores de triagem e transbordo esperam negociar o mais rápido possível com a diretoria da ECT para evitar prejuízos a população afirma o presidente do SINTECT/RO.

Monopólio

A ECT ganhou a causa na ação que pretendia quebrar o monopólio da empresa no Supremo Tribunal Federal por seis votos a favor contra quatro parciais enfatizou Quixabeira.

Privatização

O projeto 3677/2008 do deputado Régis de Oliveira (PSC-SP) que tem por objetivo privatizar os correios ainda está no Congresso Nacional, mas não entrou na pauta de votação. Quixabeira afirmou que caso esse projeto entre na pauta a categoria de trabalhadores têm força suficiente para arrancá-lo de lá.

DR- RO

A diretoria regional de Rondônia afirmou por meio de seu diretor de comunicação Paulo Roberto de Medeiros que tem um plano de contingência para suprir a falta dos trabalhadores que estão paralisados.

Toda a carga urgente está sendo entregue normalmente afirmou. Não precisa haver pânico entre a população. A ECT está tentando reduzir o impacto da greve o máximo possível. Segundo Paulo Medeiros, apenas 7% do efetivo total da DR-RO está parado. A cidade que está com maiores impactos é a capital, mas também há trabalhadores em greve nas cidades de Ariquemes, Cacoal e Rolim de Moura.

De acordo com o diretor de comunicação, a empresa já apresentou uma nova proposta ontem à noite. Reajuste de 9% para os próximos dois anos e aumento linear de R$ 100 para todos os empregados até janeiro de 2010. Segundo Paulo Medeiros isso representa um ganho real significativo para todos.

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