sábado, 25 de julho de 2009

Comerciantes serão expulsos da Praça Madeira-Mamoré e não terão para onde ir

Começou hoje (24) o fechamento da Praça Madeira-Madeira para revitalização. O projeto que tem previsão para ser concluído em março de 2010 vai retirar todos os comerciantes que trabalham na beira do Rio Madeira, dois flutuantes e três barcos turísticos da área.

Segundo José Carlos Gadelha, secretário da SEMDESTUR (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Turismo), a prefeitura ainda não tem um local para recolocar os comerciantes. As negociações ocorrem desde 2007 quando a área que antes era da União passou a pertencer ao município, explicou.

Gadelha disse que os comerciantes terão que sair do local porque mais cedo ou mais tarde os clientes não terão como entrar. Toda a obra se inicia, mas ainda não existe um local certo para garantir o trabalho das pessoas. Tudo depende de negociação.

Maria Cristina Nunes Matsuo, 55, trabalha na loja de artesanato regional há 16 anos. A artesã disse que já procurou Gadelha diversas vezes para que ele resolvesse sua situação. Até agora não obteve resposta. Maria que também faz parte da cooperativa da Madeira-Mamoré não terá como se manter financeiramente quando for obrigada a deixar o local onde funciona sua loja. Não terá como trabalhar.

Raimundo Nonato Arruda, 49, trabalha em um dos quiosques da Madeira-Mamoré há 21 anos. Raimundo diz que o secretário da SEMDESTUR pretende realocá-los para a “Praça dos Engraxates” em frente ao prédio dos Correios, mas que o local não tem a estrutura necessária.

Na mesma situação encontra-se Maria Aparecida. Comerciante há 15 anos, Maria disse que não tem outra fonte de renda. Segundo a comerciante, cerca de 150 famílias são sustentadas pelo trabalho desenvolvido à beira do Rio Madeira, na Praça Madeira-Mamoré.

Nenhum comentário:

Postar um comentário