sábado, 25 de julho de 2009

Entrando pela janela

Estudantes do curso de medicina da UNIR (Universidade Federal do Estado de Rondônia) fazem Protesto contra o aumento de cinco vagas na turma para encaixar pessoas que não passaram no vestibular. Segundo os estudantes as cinco pessoas são ligadas ao reitor da Universidade José Januário do Amaral.

Wanderson Dias Lopes, 24, aluno do 8° período do curso de medicina da UNIR, disse que entre as pessoas beneficiadas com as vagas está uma sobrinha do reitor, o filho do presidente do Sindicato dos Médicos e professor da UNIR e uma pessoa que tem parentesco com um deputado.

Segundo o estudante, o professor Jorge Luiz Coimbra do Núcleo de Ciências Sociais entrou com uma ação no Ministério Público contra o fato de José Januário organizar uma mesa para avaliar as provas dos vestibulandos uma vez que as provas já tinham sido avaliadas pela Universidade Federal de Mato Grosso - UFMT (Universidade contratada pela UNIR para realizar o vestibular). A Instituição de Ensino Superior já tinha confirmado a nota dos estudantes como sendo a primeira, ou seja, insuficiente para classificar os cinco vestibulandos.

Os estudantes como não foram beneficiados pela UFMT, pedem ao reitor uma nova revisão. O reitor, então, constitui uma nova banca avaliadora. A banca é composta pelos professores Marco Teixeira (Gabinete da Reitoria), Nair Gurgel (Pró-Reitora de Graduação) e Jean Pierre Agenot (Campus de Guajará-mirim). Todos da cúpula da UNIR, diretamente ligados a José Januário do Amaral, de acordo com informações dos universitários.

A banca avaliadora criada pelo reitor da Universidade Federal de Rondônia simplesmente ignorou a reavaliação da UFMT e de forma autoritária beneficiou os estudantes que passaram de não aprovados para integrar o quadro dos classificados ficando os cinco entre os 40 colocados.

Como não poderia desclassificar os universitários que entraram primeiro Januário empurrou os cinco estudantes para dentro do curso de medicina que agora tem 45 alunos ao invés de quarenta como previa o edital o que certamente dificultará o aprendizado dos futuros médicos.

A reportagem se fez presente ao Campus da UNIR e tentou contato com o reitor professor José Januário do Amaral, mas segundo informações de funcionários da instituição educacional o mesmo não se encontrava no local.

Pautando pela ética no jornalismo O OBSERVADOR deixa o espaço aberto para os nomes mencionados com suas respectivas explicações.

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