sábado, 4 de julho de 2009

O MENINO DO PIJAMA LISTRADO



Humano. Delicado. O filme O MENINO DO PIJAMA LISTRADO é do roteirista John Boyne. O que poderia dizer que outros já não disseram a respeito de um tema tão envolvente? Bruno é um garoto comum que vive procurando aventuras. Em sua cabeça inocente ele não imagina o terror em que vivem os fazendeiros de pijamas. Ele talvez nunca tenha compreendido de verdade o que acontecia no campo de concentração que ficava perto de sua casa. Ele via apenas uma fazenda com pessoas estranhas. Ele reparava nos olhares sombrios do criado Pavel e na tristeza que cercava aquele lugar. Bruno não entendia porque os judeus eram maus e tinham que ficar atrás de cercas elétricas. Afinal, ele conhecia um judeu bonzinho. Uma criança como ele que também só queria brincar. Bruno viveu seus poucos anos de vida sem conhecer os horrores da guerra. Ele não entendeu que iria morrer. Talvez tenha achado mesmo que só iria tomar um banho junto com os outros.



A estória é muito tocante. O texto fala mais nas entrelinhas do que na fala dos personagens. A não ação, as palavras que não foram pronunciadas, o conformismo de quem não podia fazer nada, os olhares, o cenário, o clima. Todas as mensagens subliminares levam a entender o horror que foi o holocausto, principalmente na última cena. A câmara de gás. Uma das formas mais terríveis que os nazistas encontraram para eliminar o maior número de pessoas possível com menos prejuízos financeiros. Outra técnica usada era fazer um aglomerado de pessoas ou colocá-las em fila para com poucos tiros matar muitas. Isso era feito para economizar balas.

A II Grande Guerra Mundial foi uma das experiências mais horrendas que o mundo já presenciou. Infelizmente depois de tudo o que aconteceu ainda existem pessoas que em sua ignorância e cegueira mental são capazes de discriminar ou até mesmo matar por não aceitarem as diferenças dos outros. Pena porque já sabemos onde o ódio e a intolerância podem nos levar. É um abismo profundo de dores e sofrimentos.


A humanidade já deveria ter aprendido. Não precisamos passar por tudo isso de novo. Mas infelizmente grupos nazistas e racistas começam a crescer e ganhar força no mundo todo. Enquanto surgem movimentos pela paz pessoas estão sendo discriminadas pela cor da pele, pela
condição social, pela orientação sexual.

Não faz muito tempo que ocorreu o holocausto. Mas mais próximo de nós está a ditadura militar na qual pessoas foram presas e torturadas por o governo acreditar que seriam elas comunistas. O preconceito é uma doença social e tem que ser erradicada da sociedade como uma doença. Uma epidemia contagiosa que se propaga assustadoramente. O único remédio ainda continua sendo a educação e a conscientização das massas. É nisto que acredito.

Nenhum comentário:

Postar um comentário