domingo, 19 de julho de 2009

Paralisação de ônibus na capital dura mais de duas horas e aumenta o caos no trânsito

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Greve

Paralisação de ônibus na capital dura mais de duas horas e aumenta o caos no trânsito

Motoristas e cobradores de ônibus protestam contra intervalo abusivo de mais de 5h dentro da jornada de trabalho que é de 7h:20min

2009-07-17 - 16:11:00 - Cyntia Dias

Fabiana Amanda Oliveira da Silva, 19, não concorda com a paralisação dos ônibus. Revoltada a passageira diz que precisa ir para casa porque deixou uma filha de três meses na companhia da mãe. A família está preocupada pela falta de notícias. Paralisaram e não avisaram nada para os passageiros, nem os motoristas sabiam contou a jovem que está presa dentro do ônibus sem poder sair porque não tem como pagar outra passagem.

Na mesma situação encontra-se Joseli Luis Barreto, 22, grávida. A passageira passou mal por causa do calor excessivo dentro do coletivo. Ela já está há mais de uma hora no ônibus. Não sai porque depois não vai poder entrar. Se sair terá que pagar uma nova passagem.


Raimunda Nonata Sousa da Silva, 49, vem do trabalho para casa. Está doente. Ela está em companhia de uma criança de três anos com fome e sede. Raimunda é contra a greve dos funcionários do transporte coletivo. A passageira reclama do preço da passagem e do serviço das empresas de trânsito.


Os passageiros reclamam que a paralisação que deveria durar uma hora já se estende por mais de duas.


Domingos Pastora Oliveira, 48, trabalha há 21 anos como cobrador. Ele disse que não sabia que ia paralisar só sabia da greve que está marcada para segunda-feira.


Edílson Pereira da Silva, Secretário geral do SITETUPERON (Sindicato do Transporte Coletivo Urbano do Estado de Rondônia) diz que a causa do protesto é o intervalo de trabalho abusivo que muitas vezes chega a mais de 5h em uma jornada de trabalho de 7h20min. O funcionário trabalha 3h, por exemplo, e depois de 5h tem que voltar para cumprir o restante da jornada de trabalho o que proibido por lei diz Edílson. De acordo com o artigo 71 da CLT (Consolidação das Leis de Trabalho) o intervalo é para ser de 1h no máximo 2h enfatiza. O sindicalista lembra que a greve se dará a partir da 00h:00 do dia 20 de julho, segunda-feira.


Mary Zahilde, 39, professora, está indignada com o serviço prestado pelas empresas de transporte público urbano. A professora reclama da demora dos ônibus e do preço da passagem.


Idalina Ferreira, 49, secretária de organização da CUT (Central Única dos Trabalhadores) diz que o serviço prestado pelas empresas de ônibus é muito deficitário.

Marcelo Alves Cavalcante, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes Urbano de Porto Velho (SET), nega que o intervalo dentro da jornada de trabalho dos empregados ultrapasse duas horas. Ele conta que até 2007 a jornada era de 7h: 20 min sem intervalo e que essa era uma reivindicação dos empregados. Mas em 2008 a Justiça do Trabalho tornou obrigatório o intervalo de 1h e no máximo 2h dentro da jornada de trabalho.








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