segunda-feira, 27 de julho de 2009

Rondônia vive mais um ciclo populacional na sua história

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MIGRAÇÃO

Rondônia vive mais um ciclo populacional na sua história

A construção das Usinas Hidrelétricas Santo Antônio e Jirau criaram um novo ciclo populacional em Rondônia. São milhares de pessoas que vêm para o Estado em busca do "ouro perdido" com esperanças de mudar suas vidas

2009-07-27 - 12:37:00 - CYNTIA DIAS/O OBSERVADOR


A construção das Usinas Hidrelétricas Santo Antônio e Jirau criaram um novo ciclo populacional em Rondônia. São milhares de pessoas que vêm para o Estado em busca do “ouro perdido” com esperanças de mudar suas vidas.

Em média chegam por terra em Porto Velho de acordo com as três maiores empresas de transporte interestadual que atuam no Estado de Rondônia cerca de 740 passageiros por dia, só nessas empresas.

Daniel Sobrinho, Superintendente da INFRAERO (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) disse que desembarcam em torno de 730 passageiros na capital todos os dias. Isso representa um inchaço diário que corresponde a aproximadamente 1.470 pessoas a mais se contabilizados os números da INFRAERO e das empresas de ônibus.

Pelo ar, de acordo com Celso Gick, Coordenador de Marketing, Comunicação Social e Imprensa da Superintendência Regional do Norte, o Aeroporto Internacional de Porto Velho recebeu no total 41.192 passageiros, que embarcaram ou desembarcaram em vôos internacionais e domésticos em maio de 2009, dando uma média de 1.328 pessoas embarcadas e desembarcadas por dia.

Pessoas de diversas partes do país se aventuram nessa Amazônia moderna que já não exige apenas braços fortes para o trabalho. Exige certo grau de instrução de seus pretendentes. Para trabalhar nas Usinas cursos são oferecidos em escolas técnicas e industriais.

Seria essa mais uma corrida pelo ouro?

A história mostra como começaram todos os ciclos. Alguns dos mais importantes foram: o Ciclo da Borracha que viveu seu auge entre 1879 a 1912, tendo depois experimentado uma sobrevida entre 1942 e 1945 durante a II Guerra Mundial (1939-1945). A construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré (1907 – 1912) também foi um ciclo importante porque trouxe grande número de pessoas de diversas nacionalidades, como ingleses, gregos, antilhanos, barbadianos, entre outros, que vieram em busca de melhores condições de vida, e, claro, a corrida pelo ouro na década de 1980.

Segundo dados do artigo ciêntífico sobre migração na região norte de Marília Carvalho Brasil, à década que vai de 1980 à 1991 teve aumento na imigração de 31,33%. A proporção da imigração inter-regional foi de 35,45%. A maioria das pessoas que migraram para Rondônia de 1980 a 1991 foi da região sul, 77,08%. O saldo migratório de Rondônia foi de 394.671 pessoas nesse período.

A partir de 1990 a construção civil, a educação e as indústrias foram alguns dos setores que provocaram o aumento populacional de Rondônia. De acordo com o IBGE até julho de 2008 a população de Porto Velho teve um acréscimo de quase 10 mil habitantes. O número passou de 369.345 para 379.186 habitantes, um aumento de 2,6% em um ano.

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