segunda-feira, 27 de julho de 2009

o último poema

assim eu quereria o meu último poema

que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais

que fosse ardente como um soluço sem lágrimas.

que tivesse a beleza das flores quase sem perfume

a pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos

a paixão dos suicidas que se matam sem explicação.

(manuel bandeira)

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